2 de abril de 2008

Memória: Um bispo sem sal na língua

Na revista Visão de 06 de Março deste ano, edição 783, vem um artigo com o título:

Memória: Um bispo sem papas na língua

Qual foi o meu espanto de ver que de entre muitas coisas, este bispo pertencia a uma loja maçónica. Sim, quem diria um bispo na maçonaria!

Não é por acaso que uma outra personagem ligada à maçonaria tivesse escrito sobre esse bispo.
Diz assim na notícia da RTP:

"Aquilino Ribeiro destinou várias páginas da obra "Arcas Encoiradas" ao dia da inauguração da estátua, em 1911, nomeadamente as peripécias com a sua queda quando estava a ser içada, que a deixou danificada."(1)

Pode ter sido uma coisa pouco simpática, mas escreveu.
Também Ramalho Ortigão (seria este maçónico também?) que formou o "Grupo do Cenáculo" com o maçónico Antero de Quental (2), obviamente escreveu sobre o bispo sem papas na língua, Alves Martins:

"Na intimidade, era impossível conhecê-lo sem o amar", segundo o que escreveu, por seu turno, Ramalho Ortigão nas "Farpas".(1)Como qualquer maçónico, este bispo, foi um "político defensor das ideias liberais" e de "homem dotado de um forte sentimento humanitário, sendo consensual que apoiava todas as pessoas que na altura precisavam".(1)

Daí o Papa Leão XIII dizer sobre os maçons, na Encíclica Humanun Genus : «Têm sempre na boca os temos "liberdade" e "prosperidade pública"» (3)





(1)
AMF, Agência de Notícias de Portugal S.A., "Alves Martins: Bi-centenário do nascimento de político e bispo polémico assinalado em Viseu", acedido em http://www.rtp.pt/index.php?article=326990&visual=26 aos 1.IV.2008 AD.

(2) Grande Loja do Oriente, cintando a wikipédia, "Quental, Antero", acedido em http://loja.ocidente.eu/?p=20 aos 1.IV.2008 AD.

(3) Leão XII, "Humanum Genus", acedido em http://www.montfort.org.br/index.php?secao=documentos&subsecao=enciclicas&artigo=humanum&lang=bra aos 1.IV.2008 AD.